Pólipos de Vesícula Biliar: O que são, sintomas, diagnóstico e tratamento

27 maio, 2025

O que são pólipos de vesícula biliar?

Os pólipos de vesícula biliar são pequenas lesões que crescem na parede interna da vesícula biliar, órgão responsável por armazenar a bile produzida pelo fígado. A maioria desses pólipos é benigna, mas alguns podem apresentar potencial para transformação maligna, o que torna fundamental o acompanhamento médico adequado.

Tipos de pólipos de vesícula biliar

  • Pólipos colesterólicos: São os mais comuns e resultam do acúmulo de colesterol na parede da vesícula. Geralmente não causam sintomas e raramente se tornam malignos.

  • Pólipos adenomas: Menos frequentes, apresentam maior risco de câncer e podem requerer remoção cirúrgica.

  • Pólipos inflamatórios e hiperplásicos: Geralmente associados a processos inflamatórios, são benignos.

Quais são os sintomas?

A maioria dos pólipos de vesícula é assintomática e detectada incidentalmente em exames de imagem. Quando presentes, os sintomas podem incluir dor no quadrante superior direito do abdome, especialmente após refeições ricas em gordura.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é realizado principalmente por meio do ultrassom abdominal, exame que permite visualizar o tamanho e características dos pólipos. Em casos com dúvidas, exames adicionais como tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM) podem ser necessários.

Quando a cirurgia é indicada?

A indicação cirúrgica depende do tamanho e características dos pólipos:

  • Pólipos menores que 10 mm geralmente são monitorados com ultrassonografias periódicas.

  • Pólipos maiores que 10 mm, crescimento acelerado, presença de sintomas ou associação com cálculos biliares indicam colecistectomia (remoção da vesícula biliar).

Como é feita a cirurgia?

A colecistectomia é realizada, na maioria dos casos, por laparoscopia, técnica minimamente invasiva que permite rápida recuperação e retorno às atividades habituais.

Considerações finais

Embora a maioria dos pólipos de vesícula biliar seja benigna, o acompanhamento médico é essencial para prevenir complicações graves. Caso tenha sido diagnosticado com pólipos, procure um cirurgião do aparelho digestivo para avaliar o melhor tratamento.

 

Hérnias da Parede Abdominal: O Que São, Sintomas e Quando Operar

27 maio, 2025

As hérnias da parede abdominal são uma das condições cirúrgicas mais comuns que afetam pacientes de todas as idades. Entender o que são, quais os sintomas e quando é necessária a cirurgia é fundamental para evitar complicações graves.


O que são hérnias da parede abdominal?

Uma hérnia ocorre quando uma parte do conteúdo abdominal (como gordura ou intestino) protrai através de uma abertura ou ponto fraco na musculatura da parede abdominal. Essa protrusão forma uma “bolsa” que pode ser visível ou palpável.

As hérnias podem surgir em diferentes regiões do abdome, sendo as mais comuns:

  • Hérnia inguinal (na virilha)

  • Hérnia umbilical (próximo ao umbigo)

  • Hérnia epigástrica (acima do umbigo, na linha média)

  • Hérnia incisional (em locais de cirurgias anteriores)

  • Hérnia femoral (na região da coxa, mais comum em mulheres)


Quais são os sintomas?

Os sintomas podem variar conforme o tamanho da hérnia e seu conteúdo, mas geralmente incluem:

  • Protuberância visível ou sensação de abaulamento na região afetada

  • Dor ou desconforto local, que piora ao esforço, tosse ou levantamento de peso

  • Sensação de peso ou queimação na região da hérnia

  • Em casos mais graves, dor intensa e prisão de ventre podem indicar complicações


Quando a hérnia é uma emergência?

A hérnia pode se estrangular, ou seja, o conteúdo preso perde a circulação sanguínea, levando à necrose. Isso causa:

  • Dor abdominal intensa e súbita

  • Vermelhidão e edema sobre a hérnia

  • Náuseas, vômitos e prisão de ventre

  • Estado geral comprometido

Nessa situação, a cirurgia de emergência é imprescindível.


Diagnóstico

O diagnóstico é clínico, baseado no exame físico e sintomas. Exames de imagem, como ultrassom ou tomografia, podem ser usados para confirmar a hérnia e avaliar seu conteúdo.


Tratamento e cirurgia

A única forma definitiva de tratar a hérnia é com a cirurgia, que pode ser realizada por:

  • Técnica aberta (incisão tradicional)

  • Laparoscópica ou robótica (cirurgia minimamente invasiva)

Na cirurgia, a hérnia é reduzida e a parede abdominal reforçada, geralmente com o uso de tela (malha) para evitar recidivas.


Quando operar?

Recomenda-se cirurgia em casos de:

  • Hérnias sintomáticas (dor, desconforto ou limitação)

  • Hérnias com risco de complicação

  • Hérnias que aumentam de tamanho progressivamente

  • Hérnias estranguladas (emergência)


Conclusão

As hérnias da parede abdominal são comuns, mas não devem ser ignoradas. O acompanhamento e tratamento cirúrgico precoce evitam complicações graves e promovem a recuperação plena do paciente.

Se você percebe alguma protuberância no abdome ou região inguinal acompanhada de dor ou desconforto, procure avaliação com um cirurgião do aparelho digestivo para diagnóstico e tratamento adequado.

 

Doença Diverticular do Cólon: O Que é, Sintomas e Quando é Necessária Cirurgia

27 maio, 2025

Doença Diverticular do Cólon: O Que é, Sintomas e Quando é Necessária Cirurgia

A doença diverticular do cólon é uma condição muito comum, especialmente em pessoas acima dos 50 anos. Embora, na maioria das vezes, seja assintomática, pode causar complicações que exigem tratamento clínico ou até mesmo cirurgia.

Neste artigo, você vai entender o que são os divertículos, quais os sintomas, quando a cirurgia é indicada e como prevenir complicações.


O que são divertículos e a doença diverticular?

Os divertículos são pequenas bolsas que se formam na parede do cólon, principalmente na porção esquerda (sigmoide). Quando essas bolsas se tornam numerosas, fala-se em doença diverticular.

A formação ocorre devido ao enfraquecimento da parede intestinal associado à pressão interna aumentada, muitas vezes relacionada a dieta pobre em fibras e constipação crônica.


Quais são os sintomas da doença diverticular?

A maioria das pessoas com divertículos não apresenta sintomas. Quando aparecem, os principais são:

  • Dor abdominal, principalmente no lado esquerdo inferior

  • Alterações no hábito intestinal (diarreia ou prisão de ventre)

  • Sensação de distensão abdominal e desconforto


O que é diverticulite?

A diverticulite ocorre quando um ou mais divertículos inflamam ou infeccionam, causando sintomas mais intensos, como:

  • Dor abdominal intensa e localizada

  • Febre

  • Alterações no hábito intestinal (prisão de ventre ou diarreia)

  • Em casos mais graves, pode haver abscesso, perfuração intestinal e peritonite


Diagnóstico

O diagnóstico da doença diverticular é feito com base no histórico clínico, exame físico e confirmado por exames de imagem, principalmente:

  • Tomografia computadorizada de abdome (especialmente na diverticulite)

  • Colonoscopia (após controle da inflamação, para descartar outras causas e avaliar o intestino)


Quando a cirurgia é necessária?

Na maioria dos casos, a diverticulite é tratada com antibióticos e dieta. Porém, a cirurgia pode ser indicada quando:

  • Crises repetidas de diverticulite que comprometem a qualidade de vida

  • Complicações graves como perfuração, abscesso não drenável, fístulas ou obstrução intestinal

  • Presença de sangramento digestivo intenso e recorrente

  • Em casos de dúvida diagnóstica para excluir câncer

Tipos de cirurgia:

  • Ressecção do segmento do cólon afetado, geralmente com anastomose primária (reconexão dos segmentos)

  • Em situações de emergência, pode ser necessária colostomia temporária


Prevenção e cuidados

  • Dieta rica em fibras (frutas, verduras e grãos integrais)

  • Hidratação adequada

  • Prática regular de exercícios físicos

  • Controle da constipação intestinal


Conclusão

A doença diverticular do cólon é uma condição frequente e muitas vezes silenciosa, mas que pode evoluir para quadros graves se não acompanhada corretamente. O cirurgião do aparelho digestivo é o especialista indicado para avaliar, tratar e orientar a melhor conduta, seja clínica ou cirúrgica.

Se você tem sintomas digestivos frequentes ou episódios de dor abdominal intensa, procure avaliação médica especializada. Um diagnóstico precoce faz toda a diferença.

 

Cistos de Pâncreas: O Que São, Quando Preocupar e Quando Operar

27 maio, 2025

Com os avanços da medicina e o aumento na realização de exames de imagem, é cada vez mais comum encontrar cistos no pâncreas como achado incidental. Na maioria das vezes, essas lesões são benignas, mas algumas podem evoluir para câncer pancreático, exigindo acompanhamento rigoroso ou até mesmo cirurgia.

Neste artigo, explicamos os principais tipos de cistos pancreáticos, como é feito o diagnóstico, quais são os sinais de alerta e quando a cirurgia é indicada.


O que são cistos pancreáticos?

Cistos pancreáticos são coleções de líquido que se formam dentro ou ao redor do pâncreas. Podem ser:

  • Benignos

  • Pré-malignos

  • Malignos (raros)

Eles podem ter origens diferentes — desde alterações inflamatórias (como a pancreatite) até lesões de origem neoplásica. Por isso, a avaliação especializada é essencial.


Principais tipos de cistos pancreáticos

🔹 Cistos pseudocísticos (pseudocistos pancreáticos)

  • Associados à pancreatite aguda ou crônica

  • Não são tumores; geralmente desaparecem com o tempo

  • Podem ser drenados se causarem dor, infecção ou compressão de estruturas

🔹 Cistoadenoma seroso

  • Lesão benigna, composta por pequenos cistos cheios de líquido claro

  • Raramente se transforma em câncer

  • Geralmente não precisa de cirurgia, apenas acompanhamento

🔹 Neoplasia mucinosa papilar intraductal (IPMN)

  • Pode envolver ducto pancreático principal ou seus ramos

  • Lesão pré-maligna, com risco de progressão para câncer

  • A depender de suas características, pode necessitar de cirurgia

🔹 Neoplasia cística mucinosa (MCN)

  • Mais comum em mulheres, geralmente na cauda do pâncreas

  • Produz muco e pode evoluir para malignidade

  • Costuma ser indicada a ressecção cirúrgica

🔹 Cistoadenocarcinoma

  • Tumor maligno cístico (raro)

  • Sempre indicado cirurgia


Como é feito o diagnóstico?

A maioria dos cistos é detectada por exames de imagem realizados por outro motivo:

  • Ultrassonografia abdominal

  • Tomografia computadorizada com contraste

  • Ressonância magnética com colangiorressonância (RMCP)

  • Ultrassonografia endoscópica (ecoendoscopia) – permite avaliar detalhes da parede do cisto, nódulos internos e coletar líquido para análise

Exames complementares:

  • Dosagem de CEA (antígeno carcinoembrionário) no líquido cístico

  • Citologia para pesquisa de células malignas

  • Teste de amilase no conteúdo do cisto (diferencia pseudocistos)


Quando o cisto pancreático é preocupante?

Sinais de alerta para alto risco de malignidade incluem:

  • Cisto maior que 3 cm

  • Nódulo sólido ou vegetação na parede do cisto

  • Comunicação com o ducto pancreático principal dilatado

  • Sintomas (dor abdominal, icterícia, pancreatite)

  • Crescimento do cisto ao longo do tempo

A presença de um ou mais desses sinais pode indicar necessidade de cirurgia ou vigilância intensiva.


Quando operar um cisto pancreático?

A cirurgia está indicada nos seguintes casos:

  • IPMN de ducto principal ou misto com características de risco

  • Cistos mucinosos (MCN) em pacientes com bom estado geral

  • Cistos maiores que 3-4 cm com crescimento progressivo

  • Presença de nódulo mural, espessamento da parede ou sintomas

  • Indícios de malignidade ou transformação neoplásica

Tipos de cirurgia:

  • Pancreatectomia distal (para cistos na cauda ou corpo)

  • Duodenopancreatectomia (Whipple) – para cistos na cabeça

  • Sempre que possível, por videolaparoscopia ou cirurgia robótica


E se o cisto não precisa de cirurgia?

Nesses casos, realiza-se acompanhamento periódico com imagem, que pode variar de 6 meses a 2 anos, dependendo do tipo e tamanho da lesão.


Conclusão

Cistos pancreáticos são cada vez mais comuns e, embora muitos sejam benignos, alguns têm potencial para evoluir para câncer. Por isso, todo cisto pancreático deve ser avaliado por um especialista em aparelho digestivo para definir a conduta ideal: observar, investigar ou operar.

Se você recebeu o diagnóstico de cisto no pâncreas, não ignore. Agende uma avaliação especializada para entender a natureza da lesão e evitar complicações futuras.

 

Tumores de Pâncreas: Sintomas, Diagnóstico e Tratamento Cirúrgico

27 maio, 2025

Os tumores de pâncreas estão entre os mais desafiadores da oncologia digestiva. Em muitos casos, evoluem silenciosamente, sendo diagnosticados em fases avançadas. No entanto, quando detectados precocemente, especialmente os tumores localizados na cabeça do pâncreas, o tratamento cirúrgico pode oferecer chance real de cura.

Neste artigo, você vai entender os principais tipos de tumores pancreáticos, seus sintomas, como é feito o diagnóstico e quais são as opções de tratamento — incluindo a cirurgia.


O que é o pâncreas e qual sua função?

O pâncreas é uma glândula localizada atrás do estômago, com duas funções principais:

  • Função exócrina: produção de enzimas que auxiliam na digestão de gorduras, proteínas e carboidratos.

  • Função endócrina: produção de hormônios como a insulina e o glucagon, que regulam o açúcar no sangue.


Quais são os tipos de tumores de pâncreas?

Existem dois grandes grupos:

1. Tumores exócrinos (mais comuns)

  • O principal é o adenocarcinoma ductal pancreático, responsável por mais de 90% dos casos malignos.

  • Geralmente ocorre na cabeça do pâncreas.

2. Tumores endócrinos (neuroendócrinos)

  • São mais raros e podem ser funcionantes (produzem hormônios) ou não funcionantes.

  • Têm comportamento menos agressivo, em geral, e podem ser tratáveis por longos períodos.


Quais são os sintomas dos tumores pancreáticos?

Os sintomas variam de acordo com a localização e o tamanho do tumor. Infelizmente, muitos pacientes não apresentam sintomas nas fases iniciais.

Principais sinais de alerta:

  • Icterícia (pele e olhos amarelados)

  • Urina escura e fezes claras

  • Dor abdominal persistente (principalmente em faixa, irradiando para as costas)

  • Perda de peso involuntária

  • Falta de apetite

  • Náuseas e sensação de empachamento

  • Diarreia gordurosa (esteatorreia)

  • Diabetes de início súbito em adultos acima dos 50 anos


Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico envolve uma combinação de exames clínicos, laboratoriais e de imagem:

  • Ultrassonografia abdominal (pode detectar lesões maiores)

  • Tomografia computadorizada com contraste (padrão inicial)

  • Ressonância magnética / Colangiorressonância

  • Ecoendoscopia (ultrassonografia endoscópica) — permite visualizar e biopsiar lesões pequenas

  • Dosagem de marcadores tumorais, como o CA 19-9 (mais comum no adenocarcinoma)


Quando a cirurgia é indicada?

única chance de cura para tumores malignos do pâncreas é a ressecção cirúrgica completa, realizada em casos ressecáveis (sem invasão de vasos ou metástases à distância).

Principais tipos de cirurgia:

✅ Duodenopancreatectomia (Cirurgia de Whipple)

Indicada para tumores na cabeça do pâncreas. Envolve a remoção da cabeça pancreática, duodeno, vesícula biliar e parte do estômago.

✅ Pancreatectomia distal

Utilizada para tumores no corpo ou cauda do pâncreas. Pode ou não preservar o baço.

✅ Pancreatectomia total

Raramente indicada, para tumores extensos. O paciente perde completamente as funções pancreáticas, necessitando de insulina e enzimas digestivas para o resto da vida.


E se a cirurgia não for possível?

Em casos mais avançados, o tratamento pode incluir:

  • Quimioterapia paliativa

  • Radioterapia em casos selecionados

  • Tratamentos endoscópicos ou cirúrgicos paliativos (ex: colocação de prótese biliar para aliviar icterícia)

  • Controle da dor com suporte multiprofissional


Prognóstico e importância do diagnóstico precoce

O câncer de pâncreas é agressivo, com alta taxa de mortalidade. No entanto, em pacientes operados com margens livres e sem metástases, as taxas de sobrevida podem melhorar significativamente.

Por isso, o diagnóstico precoce e o encaminhamento rápido ao cirurgião do aparelho digestivo são fundamentais.


Conclusão

Tumores de pâncreas exigem atenção especial. O diagnóstico precoce, o acesso a uma equipe experiente e a definição rápida da conduta são determinantes para o prognóstico.

Se você apresenta sintomas sugestivos ou tem fatores de risco, como histórico familiar ou pancreatite crônica, procure avaliação com um cirurgião especialista em aparelho digestivo. A prevenção e o diagnóstico precoce salvam vidas.

 

Quando Procurar um Cirurgião do Aparelho Digestivo?

27 maio, 2025

Quando Procurar um Cirurgião do Aparelho Digestivo?

Muitas pessoas só pensam em procurar um cirurgião quando já têm indicação formal de cirurgia. No entanto, o cirurgião do aparelho digestivo também atua no diagnóstico, tratamento clínico e acompanhamento de diversas doenças do sistema digestivo — muitas vezes antes que a cirurgia se torne necessária.

Neste artigo, entenda em quais situações esse especialista deve ser consultado e por que o acompanhamento precoce pode fazer toda a diferença.


O que faz o cirurgião do aparelho digestivo?

É o médico especialista em doenças que afetam os seguintes órgãos:

  • Esôfago

  • Estômago

  • Intestino delgado e grosso (cólon e reto)

  • Vesícula biliar e vias biliares

  • Pâncreas

  • Fígado

  • Ânus e região perianal (em alguns casos, em conjunto com o coloproctologista)

Além de realizar cirurgias, esse profissional também participa ativamente do diagnóstico, acompanhamento clínico e definição da melhor estratégia terapêutica, muitas vezes integrando equipes multidisciplinares.


Sinais e sintomas que indicam a hora de procurar um cirurgião digestivo

Você deve agendar uma consulta com o cirurgião do aparelho digestivo se apresentar:

  • Dor abdominal frequente ou persistente

  • Azia e refluxo que não melhoram com medicamentos

  • Dificuldade para engolir ou sensação de “bolo na garganta”

  • Náuseas e vômitos recorrentes

  • Sangue nas fezes ou fezes muito escuras

  • Alterações no hábito intestinal (diarreia ou constipação prolongadas)

  • Perda de peso não intencional

  • Inchaço abdominal frequente ou sensação de empachamento

  • Cólica intensa na região da vesícula (lado superior direito do abdome)


Doenças mais comuns tratadas por esse especialista

  • Hérnias (inguinal, umbilical, epigástrica, incisional)

  • Refluxo gastroesofágico (DRGE)

  • Pedra na vesícula (colelitíase)

  • Doenças do fígado, pâncreas e vias biliares

  • Doença diverticular do cólon

  • Câncer do aparelho digestivo (estômago, intestino, fígado, pâncreas)

  • Obesidade grave (cirurgia bariátrica)

  • Apendicite, colecistite, colite

  • Tumores e pólipos intestinais

  • Doenças funcionais de difícil controle


Importância do acompanhamento precoce

Muitas dessas doenças podem ser tratadas de forma menos invasiva e mais eficaz quando diagnosticadas precocemente. Esperar o problema “agravar” ou “virar uma emergência” pode limitar as opções de tratamento e aumentar riscos.

Além disso, o cirurgião digestivo pode orientar exames preventivos, como a colonoscopia, e identificar fatores de risco para câncer gastrointestinal.


Cirurgia nem sempre é a primeira opção

Apesar do nome da especialidade, a cirurgia nem sempre é o primeiro passo. O cirurgião do aparelho digestivo é capacitado para avaliar o quadro clínico, indicar exames, propor tratamento clínico inicial e somente indicar cirurgia quando realmente necessária.


Conclusão

O cirurgião do aparelho digestivo é o profissional indicado para lidar com uma ampla gama de doenças abdominais — seja no diagnóstico, no tratamento clínico ou cirúrgico. Procurar esse especialista logo nos primeiros sintomas pode acelerar o diagnóstico, evitar complicações e proporcionar melhores resultados.

Se você tem sintomas digestivos frequentes ou já foi diagnosticado com alguma das condições mencionadas, agende sua consulta com um especialista em aparelho digestivo. A prevenção é o melhor caminho.

 

Cirurgia Bariátrica: Para Quem é Indicada e Como Funciona

27 maio, 2025

A obesidade é uma doença crônica, multifatorial e progressiva, que vai muito além da estética: está associada a diversas complicações metabólicas e reduz a qualidade e a expectativa de vida. Quando o tratamento clínico — com dieta, exercícios e medicamentos — não é suficiente, a cirurgia bariátrica pode ser a alternativa mais eficaz e segura para o controle da obesidade.

Neste artigo, entenda quais são as indicações para a cirurgia, os tipos mais utilizados, os cuidados no pós-operatório e como ela pode transformar a vida dos pacientes.


O que é a cirurgia bariátrica?

A cirurgia bariátrica, também chamada de cirurgia metabólica, engloba um conjunto de técnicas que modificam o sistema digestivo com o objetivo de promover perda de peso sustentada e tratar doenças associadas à obesidade, como:

  • Diabetes tipo 2

  • Hipertensão arterial

  • Apneia do sono

  • Dislipidemia (colesterol e triglicerídeos altos)

  • Doença hepática gordurosa (esteatose)

  • Síndrome metabólica

  • Osteoartrite

A cirurgia atua de duas formas principais:

  • Restrição: reduz a capacidade do estômago, limitando a ingestão de alimentos.

  • Disabsorção: altera o trajeto dos alimentos, reduzindo a absorção de calorias e nutrientes.


Quem pode fazer a cirurgia bariátrica?

As indicações seguem os critérios estabelecidos pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

✅ Critérios principais:

  • IMC ≥ 40 kg/m² (obesidade grau III), independentemente da presença de comorbidades.

  • IMC entre 35 e 39,9 kg/m² (obesidade grau II) com comorbidades relacionadas à obesidade de difícil controle clínico, como diabetes tipo 2, hipertensão, apneia do sono, entre outras.

  • IMC entre 30 e 34,9 kg/m²: pode ser considerada em casos de diabetes tipo 2 grave e refratário (cirurgia metabólica), desde que com protocolo específico e aprovação em equipe multidisciplinar.

Outros requisitos:

  • Idade entre 18 e 65 anos (há exceções para adolescentes e idosos com avaliação rigorosa)

  • Histórico de tentativas frustradas de emagrecimento com tratamento clínico

  • Avaliação e preparo com equipe multidisciplinar (nutricionista, psicólogo, endocrinologista e cirurgião)


Quais são os tipos de cirurgia bariátrica?

1. Sleeve Gástrico (Gastrectomia Vertical)

  • Remove cerca de 70% a 80% do estômago, deixando-o com formato de tubo.

  • Atua principalmente por restrição.

  • Preserva o trânsito intestinal, sem desvio de alimentos.

  • Tem menor risco de deficiências nutricionais.

  • É atualmente a técnica mais realizada no Brasil.

2. Bypass Gástrico em Y de Roux

  • Cria um pequeno reservatório gástrico e desvia parte do intestino delgado.

  • Atua por restrição e leve disabsorção.

  • Muito eficaz no controle do diabetes tipo 2.

  • Pode causar mais deficiências nutricionais que o sleeve, exigindo reposição e acompanhamento frequente.

3. Outras técnicas

  • Duodenal switch, mini-bypass e SADI-S são técnicas avançadas, indicadas em casos específicos e realizados por equipes experientes.


Como é o preparo para a cirurgia?

O paciente deve passar por avaliação completa, incluindo:

  • Exames laboratoriais e de imagem

  • Avaliação nutricional e psicológica

  • Orientação sobre mudanças de estilo de vida

  • Acompanhamento por equipe multidisciplinar

O preparo adequado reduz complicações e melhora os resultados no longo prazo.


Como é o pós-operatório?

  • Internação: geralmente 1 a 3 dias

  • Dieta: começa com líquidos, depois pastosa e progressiva até a alimentação normal

  • Atividade física: liberada de forma gradual

  • Acompanhamento médico contínuo: essencial para monitorar deficiências nutricionais, ajustar a dieta e manter o peso


Quais os resultados esperados?

  • Perda de 60% a 80% do excesso de peso em até 12 a 18 meses

  • Remissão ou melhora significativa do diabetes tipo 2 em até 80% dos casos

  • Redução da pressão arterial, colesterol, apneia do sono, dores articulares

  • Melhora na autoestima e qualidade de vida

A cirurgia não é uma “cura mágica”, mas uma ferramenta poderosa quando associada a mudanças de hábitos e acompanhamento contínuo.


Conclusão

A cirurgia bariátrica é uma opção eficaz e segura para o tratamento da obesidade e das doenças associadas, especialmente quando outras abordagens falharam. A decisão deve ser individualizada e baseada em critérios bem definidos, com acompanhamento por equipe experiente.

Se você luta contra a obesidade e busca uma solução duradoura, converse com um cirurgião especialista em aparelho digestivo e avalie se a cirurgia bariátrica é a melhor escolha para o seu caso

 

Câncer de Intestino: Sinais de Alerta e Opções de Cirurgia

27 maio, 2025

Câncer de Intestino: Sinais de Alerta e Opções de Cirurgia

O câncer de intestino, também conhecido como câncer colorretal, é um dos tumores malignos mais comuns em homens e mulheres no Brasil. A boa notícia é que, quando diagnosticado precocemente, as chances de cura são altas — especialmente quando o tratamento cirúrgico é realizado adequadamente.

Neste artigo, explicamos os sinais de alerta, os métodos de diagnóstico e as principais opções de cirurgia para o câncer de intestino.


O que é o câncer de intestino?

O câncer colorretal se origina geralmente a partir de pólipos — pequenas lesões benignas na mucosa do cólon ou reto — que podem crescer e, ao longo do tempo, sofrer transformação maligna. Por isso, a prevenção e o diagnóstico precoce são fundamentais.

O risco aumenta com a idade, especialmente após os 50 anos, mas o número de casos em pacientes mais jovens vem crescendo, o que tem preocupado a comunidade médica.


Fatores de risco

  • Idade acima de 50 anos

  • Histórico familiar de câncer colorretal

  • Doenças inflamatórias intestinais (retocolite ulcerativa, Doença de Crohn)

  • Dieta rica em carnes processadas e pobre em fibras

  • Obesidade, sedentarismo, tabagismo e consumo excessivo de álcool

  • Síndromes genéticas, como a polipose adenomatosa familiar e a síndrome de Lynch


Sinais de alerta

Os sintomas podem variar de acordo com a localização do tumor, mas é importante estar atento aos seguintes sinais:

  • Sangue nas fezes (vermelho vivo ou escuro)

  • Alterações no hábito intestinal (diarreia ou constipação persistentes)

  • Sensação de evacuação incompleta

  • Dor abdominal ou desconforto persistente

  • Perda de peso não intencional

  • Fraqueza, anemia ou cansaço excessivo

Esses sintomas nem sempre indicam câncer, mas devem ser investigados por um médico, principalmente se persistirem por mais de duas semanas.


Como é feito o diagnóstico?

O exame mais eficaz para rastreamento e diagnóstico do câncer de intestino é a colonoscopia, que permite visualizar o interior do cólon e do reto, além de retirar pólipos e realizar biópsias.

Outros exames que podem ser utilizados:

  • Pesquisa de sangue oculto nas fezes

  • Exames de imagem (tomografia, ressonância magnética, PET-CT)

  • Dosagem de marcadores tumorais, como o CEA (antígeno carcinoembrionário)


Quando a cirurgia está indicada?

A cirurgia é a principal forma de tratamento curativo do câncer de intestino, principalmente nas fases iniciais. A indicação e a extensão da cirurgia dependem de:

  • Localização do tumor (cólon direito, esquerdo, sigmoide, reto)

  • Estágio da doença (profundidade do tumor, linfonodos acometidos, metástases)

  • Condições clínicas do paciente

Em casos localizados, a cirurgia pode ser curativa. Nos casos mais avançados, ela pode ser associada à quimioterapia ou radioterapia.


Tipos de cirurgia para câncer de intestino

1. Colectomia segmentar

Remoção da parte do intestino onde está o tumor, junto com os vasos sanguíneos e linfonodos da região.

Exemplos:

  • Hemicolectomia direita ou esquerda

  • Sigmoidectomia

2. Ressecção anterior do reto

Indicada para tumores localizados no reto superior ou médio. Permite preservar o ânus, com anastomose entre o intestino remanescente e o reto.

3. Amputação abdominoperineal

Indicada para tumores muito baixos no reto, próximos ao esfíncter anal. Nesses casos, pode ser necessária a colostomia definitiva.

4. Cirurgia minimamente invasiva

Sempre que possível, a cirurgia pode ser realizada por videolaparoscopia ou robótica, com menor dor pós-operatória e recuperação mais rápida.


Como é o pós-operatório?

  • A internação costuma durar de 3 a 7 dias.

  • A recuperação varia conforme o tipo de cirurgia.

  • O paciente pode precisar de acompanhamento com oncologia (quimioterapia) ou radioterapia, dependendo do estágio do tumor.

  • Em alguns casos, é necessário o uso temporário ou permanente de bolsa de colostomia.


Prevenção e rastreamento

  • Colonoscopia a partir dos 45 anos (ou antes, em pacientes com histórico familiar).

  • Alimentação saudável, rica em fibras e com baixo consumo de carnes processadas.

  • Prática regular de atividade física.

  • Controle do peso e abandono do tabagismo.


Conclusão

O câncer de intestino é uma doença grave, mas altamente tratável quando diagnosticado precocemente. Fique atento aos sinais de alerta e mantenha seus exames em dia. A cirurgia continua sendo o pilar do tratamento curativo, e o acompanhamento com um cirurgião especializado é fundamental.

Se você tem sintomas persistentes ou histórico familiar de câncer intestinal, procure avaliação médica. O diagnóstico precoce salva vidas.

 

Refluxo Gastroesofágico: Quando Procurar um Cirurgião?

27 maio, 2025

O refluxo gastroesofágico é uma condição comum, caracterizada pelo retorno do conteúdo do estômago para o esôfago, o que pode causar queimação, azia e outros sintomas desconfortáveis. Embora o tratamento inicial seja clínico, em alguns casos a cirurgia é a melhor opção para controle definitivo dos sintomas e prevenção de complicações.

Entenda abaixo quando o refluxo exige avaliação com um cirurgião do aparelho digestivo.


O que é Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE)?

A DRGE ocorre quando há disfunção no esfíncter esofágico inferior — válvula muscular que impede o retorno do conteúdo ácido do estômago para o esôfago. Esse retorno provoca inflamação da mucosa esofágica, podendo causar sintomas e lesões ao longo do tempo.

Fatores que contribuem para o refluxo incluem:

  • Hérnia de hiato

  • Obesidade

  • Alimentação rica em gordura

  • Tabagismo

  • Uso crônico de álcool

  • Gravidez


Quais são os sintomas do refluxo?

Os sintomas mais frequentes incluem:

  • Azia (sensação de queimação no peito)

  • Regurgitação ácida (retorno de líquido ou alimentos à boca)

  • Dor ou desconforto retroesternal

  • Tosse crônica ou pigarro

  • Sensação de bolo na garganta

  • Rouquidão ou laringite

  • Em casos mais graves: dificuldade para engolir e perda de peso


Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da DRGE é clínico, mas pode ser confirmado por exames complementares, principalmente em casos resistentes ao tratamento medicamentoso:

  • Endoscopia digestiva alta: avalia lesões no esôfago, presença de esofagite ou hérnia de hiato.

  • pHmetria esofágica de 24h: mede o nível de acidez no esôfago ao longo do dia.

  • Manometria esofágica: avalia o funcionamento dos músculos esofágicos e do esfíncter inferior.


Quando a cirurgia é indicada?

A maioria dos casos responde bem a medidas comportamentais e medicamentos, como os inibidores da bomba de prótons (IBP). No entanto, a cirurgia pode ser indicada nos seguintes casos:

  • Falha no tratamento clínico (sintomas persistentes mesmo com medicação)

  • Dependência contínua de medicamentos para controle dos sintomas

  • Presença de hérnia de hiato de tamanho significativo

  • Complicações como esofagite grave, estenoses ou esôfago de Barrett

  • Intolerância ou contraindicação ao uso crônico de medicamentos


Como é feita a cirurgia para refluxo?

A cirurgia mais comum é a fundoplicatura, geralmente realizada por videolaparoscopia. Nela, o fundo do estômago é envolvido ao redor do esôfago distal, criando uma nova válvula anti-refluxo.

Existem diferentes técnicas (como Nissen, Toupet), e a escolha depende das características do paciente e do resultado da manometria esofágica.

Benefícios da cirurgia:

  • Alívio definitivo dos sintomas

  • Melhora na qualidade de vida

  • Redução do uso contínuo de medicamentos

  • Prevenção de complicações a longo prazo


Como é o pós-operatório?

  • Internação: geralmente de 24 a 48 horas

  • Dieta líquida/pastosa nos primeiros dias

  • Retorno gradual à alimentação normal em cerca de 2 a 3 semanas

  • Atividades físicas leves após 10 a 14 dias

  • Sintomas como dificuldade leve para engolir são comuns no início e tendem a desaparecer em algumas semanas


Conclusão

A cirurgia para refluxo gastroesofágico é segura e eficaz quando bem indicada. Se você sofre com azia frequente, usa medicamentos continuamente ou apresenta complicações do refluxo, procure um cirurgião especializado para avaliação.

O tratamento cirúrgico pode ser a melhor alternativa para restaurar sua qualidade de vida.

 

Cirurgia de Vesícula Biliar: Sintomas, Diagnóstico e Tratamento

27 maio, 2025

A vesícula biliar é um pequeno órgão localizado abaixo do fígado, responsável por armazenar a bile — um líquido produzido pelo fígado que auxilia na digestão das gorduras. Quando ocorrem alterações no seu funcionamento, especialmente pela formação de cálculos (pedras), pode ser necessário realizar a remoção cirúrgica da vesícula: a colecistectomia.

Entenda a seguir quando essa cirurgia é indicada, como é feita e quais são os cuidados no pós-operatório.


O que é colelitíase (pedra na vesícula)?

A colelitíase é a presença de cálculos biliares no interior da vesícula. Esses cálculos são formados principalmente por colesterol e sais biliares, e sua formação pode estar associada a:

  • Dietas ricas em gordura

  • Sedentarismo

  • Obesidade

  • Gravidez

  • Histórico familiar

  • Jejuns prolongados

Em muitos casos, os cálculos são silenciosos, mas podem causar sintomas ou complicações graves.


Quais são os sintomas de pedra na vesícula?

Os principais sintomas ocorrem quando um cálculo obstrui o canal de saída da bile. Os mais frequentes são:

  • Dor no lado superior direito do abdome, geralmente após refeições gordurosas

  • Náuseas e vômitos

  • Inchaço abdominal

  • Intolerância a alimentos gordurosos

  • Em casos mais graves: febre e icterícia (pele e olhos amarelados), o que pode indicar inflamação (colecistite) ou obstrução dos canais biliares


Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é geralmente realizado com:

  • Ultrassonografia abdominal, exame simples, rápido e eficaz para detectar cálculos.

  • Exames laboratoriais (sangue) em casos com suspeita de inflamação ou infecção.

  • Em alguns casos, podem ser necessários exames complementares, como colangiorressonância ou colangiografia.


Quando a cirurgia é indicada?

A colecistectomia é indicada nos seguintes casos:

  • Presença de cálculos sintomáticos (dor, náuseas, crises recorrentes)

  • Inflamação da vesícula (colecistite aguda)

  • Complicações como pancreatite biliar ou obstrução do colédoco

  • Cálculos grandes (> 2 cm) ou em pacientes com risco aumentado de câncer de vesícula

Mesmo pacientes assintomáticos podem ter indicação cirúrgica em casos selecionados, especialmente se apresentam fatores de risco.


Como é feita a cirurgia de vesícula?

A cirurgia pode ser feita por duas técnicas principais:

1. Videolaparoscopia (padrão-ouro)

  • Realizada com pequenas incisões no abdome e uso de uma câmera.

  • Menor dor pós-operatória, recuperação mais rápida e melhor resultado estético.

  • Tempo de internação geralmente de 24 a 48 horas.

2. Cirurgia aberta (convencional)

  • Indicada em casos complexos ou quando há contraindicação à videolaparoscopia.

  • Incisão maior e recuperação mais lenta.


Como é a vida sem a vesícula?

A vesícula biliar não é um órgão vital, e sua remoção geralmente não causa prejuízos à digestão. Após a cirurgia:

  • A bile continua sendo produzida pelo fígado, mas é liberada continuamente no intestino.

  • Alguns pacientes podem apresentar diarreia leve ou desconforto abdominal no início, que tendem a melhorar com o tempo.

A recomendação é evitar alimentos muito gordurosos nas primeiras semanas após a cirurgia e seguir as orientações médicas.


Pós-operatório e recuperação

  • Retorno às atividades leves: 5 a 10 dias

  • Atividades físicas moderadas: após 3 a 4 semanas

  • Dieta: progressiva, iniciando com alimentos leves e evitando gordura nas primeiras semanas

  • Sinais de alerta: febre, dor intensa, icterícia, vômitos persistentes — nesses casos, é importante procurar o cirurgião


Conclusão

A cirurgia de vesícula é um procedimento seguro, com rápida recuperação e excelentes resultados quando bem indicada. Ignorar os sintomas pode levar a complicações sérias, como infecções, inflamações ou até mesmo pancreatite.

Se você tem sintomas relacionados à vesícula ou foi diagnosticado com pedras, agende uma consulta para avaliação individualizada e definição do melhor tratamento.

 

Hernias inguinais

27 maio, 2025

O que é hérnia inguinal?

A hérnia inguinal acontece quando há uma abertura ou enfraquecimento na parede abdominal, permitindo que estruturas internas saiam do seu local habitual. Essa protuberância é geralmente visível na região da virilha e pode aumentar com esforço físico, tosses ou ao levantar peso.

Existem dois tipos principais:

  • Hérnia inguinal indireta – geralmente congênita e mais comum em homens jovens.

  • Hérnia inguinal direta – relacionada ao enfraquecimento da musculatura com o envelhecimento.


    Quais são os sintomas?

            • Os sintomas mais comuns incluem:
            • Abaulamento na virilha, que pode desaparecer quando o paciente está deitado.
            • Dor ou desconforto local, principalmente ao realizar esforços.
            • Sensação de peso na região.
            • Em casos mais graves: náuseas, vômitos e dor intensa, o que pode indicar complicações.


            Quais os riscos de não operar?

            Muitas hérnias são inicialmente indolores e pequenas, levando pacientes a postergarem o tratamento. No entanto, a hérnia não desaparece sozinha e pode crescer com o tempo.

            Os riscos de não operar incluem:

            • Incarceração: quando o conteúdo da hérnia fica preso fora do abdome, podendo causar obstrução intestinal.

            • Estrangulamento: situação grave em que a vascularização do intestino é comprometida, podendo levar à necrose (morte do tecido) e risco de infecção generalizada (sepse).

            Essas situações são emergências cirúrgicas.


            Quando a cirurgia está indicada?

            A maioria das hérnias inguinais sintomáticas tem indicação cirúrgica eletiva. A exceção são pacientes com alto risco cirúrgico ou hérnias muito pequenas e assintomáticas — que podem ser apenas monitoradas, de acordo com a avaliação médica.

            A cirurgia é indicada especialmente quando há:

            • Dor frequente ou desconforto

            • Aumento progressivo da hérnia

            • Limitação nas atividades do dia a dia

            • Histórico de encarceramento ou sinais de complicação


            Como é feita a cirurgia?

            Existem duas principais técnicas cirúrgicas:

            1. Cirurgia aberta (convencional): é feita uma incisão na virilha para reposicionar o conteúdo abdominal e reforçar a parede com uma tela cirúrgica (técnica de Lichtenstein).

            2. Cirurgia por videolaparoscopia: realizada com pequenas incisões e uso de câmera, também com colocação de tela. Costuma ter recuperação mais rápida e menor dor pós-operatória.

            A escolha da técnica depende do caso clínico, preferência do cirurgião e condições do paciente.


            Como é o pós-operatório?

            A recuperação costuma ser rápida, especialmente nas técnicas minimamente invasivas. A maioria dos pacientes retorna às atividades leves em poucos dias, e às atividades físicas intensas em 4 a 6 semanas.

            É fundamental seguir as orientações médicas, evitar esforços precoces e comparecer às consultas de acompanhamento.


            Conclusão

            A hérnia inguinal é uma condição comum, mas que pode trazer riscos importantes se não for tratada adequadamente. A avaliação precoce por um cirurgião é essencial para definir a melhor conduta.

            Se você tem sintomas ou suspeita de hérnia, agende uma consulta para avaliação individualizada.


             

            Fissuras Anais: Causas, Sintomas e Tratamentos

            17 julho, 2024

            E aí, pessoal!

            Vamos entender mais sobre as fissuras anais, que são pequenas feridas dolorosas no canal anal. Elas podem surgir devido a constipação, trauma ou outras condições. Os sintomas incluem dor intensa durante e após evacuações, além de sangramento. Conheça os tratamentos disponíveis, que variam desde pomadas até procedimentos cirúrgicos para promover a cicatrização e alívio dos sintomas. Marque uma avaliação e para que eu possa te avaliar, esclarecer as suas dúvidas, e te mostrar a melhor resolução para o seu problema!


            Dr. ítalo Simões

            Cirurgião do Aparelho Digestivo e Coloproctologia

            RQE 124.881 / CRM 202.538

             

            Hemorroidas: Desmistificando o Problema Comum

            17 julho, 2024

            Olá, pessoal!

            Vamos falar sobre um problema que muita gente enfrenta em algum momento da vida: hemorroidas. Essas veias dilatadas ao redor do ânus podem causar desconforto, sangramento e até dor intensa. Mas não se preocupe, existem tratamentos eficazes, desde mudanças na dieta até procedimentos cirúrgicos quando necessário. Marque uma consulta para que possa te ajudar a aliviar esse incômodo e melhorar sua qualidade de vida!


            Dr. ítalo Simões

            Cirurgião do Aparelho digestivo e coloproctologia

            RQE 124.881